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sábado, 27 de outubro de 2012

Querer

O começo ninguém sabe mas o fato é que ele queria muito. Não era igual as outras pessoas onde o querer é mediano, equilibrado. Não. Ele queria muito, e, por isso mesmo, por querer muito tudo lhe escapava por entre os dedos como água na palma da mão.
Ele não sabia que querer muito deixava quase tudo impossível e por não saber ia juntando coisas impossíveis. Por não saber inventava que possuia até o querer morrer. 
Como não conhecia o querer pequeno, só o grande, quando deixava de querer ficava o vácuo. Então, a cada querer abortado ele ia juntando "nadas".
A escada da vida construída por ele faltava degraus - eram os "nadas" que ele não conseguia descartar. Escada feita de nadas e impossibilidades. O querer muito lhe atrapalhava a vida.
Não existia um só querer que era mediano ou pequeno. Todos os quereres eram grande demais para caber dentro de uma vida. Então se espatifava, mas sem sentir. Querer muito lhe ocupava todo o tempo então não sentia.
Subia e descia a escada a todo momento. Vida de quereres sempre ativada - jamais houve um só momento onde ele não queria. Se um querer virasse o "nada" outro querer ainda maior já lhe ocupava os segundos. 
Assim vive os quereres. Esquece a vida. De querer em querer caminha em direção ao fim. Ao fim de todos os quereres.

Galatéia Glom

*******************beijokas**********************

                   
                Pôr do sol em Nova Naboo - Um querer possível!

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